I. Leia o texto abaixo para responder às
questões de 01 a 04.
Pelo direito de escrever errado na internet .
Bia Granja (curadora do youPIX, maior festival Brasileiro
de cultura de internet) Texto adaptado.
Revista Galileu,
julho/2012, nº 252, p. 82.
Vossa mercê
pode achar esquisito esse bando de jovenzinhos escrevendo “corrão”, “bons
drink”, “todos chora” ou “comofas” na internet, mas antes de ficar “chatiado”
achando que os Maias estavam certos e o fim do mundo está próximo, Keep Calm
and me dá um minutinho da sua atenção. :)
No Brasil,
o “advento da internet em si” não representou uma mega ruptura em termos de
espaço criativo pras pessoas. No começo, só existiam os grandes portais (todos
pertencentes às mesmas famílias que já dominavam a grande mídia offline) e os
blogs. Mas 99% das pessoas, hoje e então, acham esse lance de blog muito
complicado e a quantidade de espaço disponível intimidante, de modo que a
verdadeira ruptura chegou junto com as redes
sociais: Orkut e YouTube no
começo, depois Twitter e agora o Facebook.
Através
desses meios, o Brasil se mostrou pro brasileiro... com todos os seus defeitos,
qualidades e idiossincrasias. A maioria das gírias estilo “CORRÃO” (que
significa corram, do verbo correr) são derivadas do tiopês que, por sua vez,
deriva dos erros de português medonhos que a gente via no Orkut. Foi nessa
época/rede que nós da elite fina-elegante-sincera começamos a nos deparar com o
Brasil verdadeiro, o Brasil que tem 30% de sua popu
lação analfabeta.
Sim, isso
tudo é muito triste e nossa taxa de analfabetismo é um absurdo, mas antes de
culpar a internet por problemas profundos do país e ficar reprimindo as pessoas
que falam errado, pare e pense no verdadeiro significado disso tudo. Será que o
que realmente importa é que a pessoa se expresse sem erros de português ou que
ela se expresse? ANTES das redes sociais, a gente não se expressava AT ALL, ou
o fazia em uma escala ínfima. Agora, temos a faca e o queijo na mão pra criar
qualquer coisa, inclusive uma nova cultura para nossos tempos.
Falar assim
é fazer parte da construção de uma nova cultura colaborativa, visceral e
orgânica que nasce na internet. E, diga o que quiser, mas não tem regras
formais de gramática e concordância que possam competir com esse cenário sexy
em que o jovem tem, pela primeira vez, o poder de construir sua própria cultura
e linguagem.
Portanto,
não se trata de ser mais ou menos inteligente, de falar certo ou errado, se
trata de fazer parte, se trata, simplesmente, de FAZER! Por isso, por mais que
a gente saiba que a conjugação correta do verbo “CORRER” na 3ª pessoa do plural
do imperativo afirmativo seja “CORRAM”, não fique #chatiado, mas vamos continuar usando o
“CORRÃO”. Tudo bem?:)
Somos
livres para expressarmos o que quisermos, até escrever errado, sendo consciente
disso, somos responsáveis pelo que expomos, da imagem que vendemos e das
consequências que podemos colher, quer sejam palavras de elogios,
reconhecimento, ou xingamento, ah, quem se expõe quer aparecer senão não entrava
nessa vitrine de vidro que são as redes sociais da internet.
Vocabulário: idiossincrasia:“temperamento peculiar”.
Questão 1: Segundo a autora
do texto, Bia Granja, está correto afirmar:
A) Hoje as pessoas falam muito errado na internet, o que prejudica
demais o desempenho escolar delas.
B) No Facebook fala-se mais errado do que no Orkut.
C) As redes sociais incentivaram todos a escreverem errado,
prejudicando a comunicação.
D) As diferentes formas de expressão nas redes sociais demonstram a
multiplicidade do brasileiro, com seus defeitos, qualidades e particularidades.
E) Não se aproveita nada do que é exposto nas redes sociais.
Questão 2: O parágrafo que melhor explica a ideia
defendida pela autora em relação ao título (Pelo direito de escrever errado na
internet) é:
A) “Será que o
que realmente importa é que a pessoa se expresse sem erros de português ou que
ela se expresse?”
B) “A maioria
das gírias estilo “CORRÃO” (que significa corram, do verbo correr) são
derivadas do tiopês que, por sua vez, deriva dos erros de português medonhos
que a gente via no Orkut.”
C) “Foi nessa
época/rede que nós da elite fina-elegante-sincera começamos a nos deparar com o
Brasil verdadeiro, o Brasil que tem 30% de sua população analfabeta.”
D) “No Brasil,
o “advento da internet em si” não representou uma mega ruptura em termos de espaço
criativo pras pessoas.”
E) “ANTES das
redes sociais, a gente não se expressava AT ALL, ou o fazia em uma escala
ínfima.”
Questão 3: No início do texto a autora utiliza a
expressão “Vossa mercê”, com o propósito de:
A) Criticar certos termos utilizados antigamente e que
caíram em desuso.
B) Defender que os termos mais antigos são os mais
corretos.
C) Ironizar o tipo de linguagem utilizada hoje nas redes
sociais, que abusa de gírias e abreviações e desmerece termos formais.
D) Defender que no Orkut, YouTube, Twitter e Facebook
ninguém escreve corretamente.
E) Ironizar como o brasileiro fala errado nas redes sociais,
o que acaba prejudicando o desempenho escolar.
Questão 4: Fazendo uma comparação do que estudamos em sala de aula com
o último parágrafo do texto, podemos depreender que liberdade e responsabilidade é
respectivamente:
a) Liberdade é
fazer somente o correto e responsabilidade é ser útil.
b) Liberdade é
o mesmo que limitação e responsabilidade é arcar com o prejuízo dos erros.
c) Liberdade é
o ato de se expressar e responsabilidade é assumir as consequências de suas
atitudes.
d)Liberdade é fazer
bullying pela internet e responsabilidade é não revidar .
Questão 5: Quais as possibilidades que o
uso da internet oferece para seus usuários?
Questão 6:Quais os riscos que podemos
correr com o uso indevido das redes sociais?
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Questão 7: O que você acha sobre a forma
como as pessoas se comunicam através do uso das redes sociais transgredindo a
norma culta?
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Questão 8: Quais as vantagens e desvantagens
de se usar redes sociais e quais os cuidados que devemos tomar?
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Questão
9: Sobre o tema liberdade,
responda.
a)Cite duas formas em que o
indivíduo pode “perder” a liberdade.
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b)O que você entende por
liberdade? É o mesmo que falta de limite ou libertinagem?
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